quinta-feira, 21 de abril de 2011

Buenos Aires | Alma de Rainha



Como em uma letra de tango, os sentimentos que Buenos Aires despertam são caóticos, confusos, contraditórios. Ama-se e odeia-se Buenos Aires com a mesma intensiade; indiferença é a única impossibilidade. Sedutora, e arrogante, Buenos Aires é a Rainha do Prata que arrebata corações à primeira vista - capital de um imperio que nunca existiu segundo Andre Malraux. Para conquista-la se requer persistência, dedicação e esforço. 

Buenos Aires pode não ter dito um imperio sobre o qual reinar, mas definitvamente nasceu com alma de nobreza e por isso se diferencia de todas as outras cidades do continente. Seja alma de rainha,  de nobreza de cabaré ou aristocrata falida, todos terminam por reverenciar Buenos Aires.

Esta alma encontra-se na poesia e prosa de J.L.Borges, flui elegantemente no tangos portenhos de Gardel e nas notas caóticas de Piazzola. Esta alma, se espalha pelas ruas de San Telmo, Recoleta, Palermo, Centro e Puero Madero entre sons e cheiros da cidade até chegar a um Café ou Bistrot. Sim, a alma de Buenos Aires gosta de cafés e vinhos e não somente do Café Tortoni, Café La Biela e Bodegons (vinhos). Gosta de cafés e bistrots desconhecidos que surgem do nada em suas elegantes ruas, se apresentando aos visitantes com seus balcões de madeira ou estanho, muita fumaça de cigarros e conversas que se perdem nos meandros da política, futebol, economia... A alma de Buenos Aires, bate forte nas manifestações da Plaza de Mayo e seus arredores.

A alma de Buenos Aires, somente se aprisiona nas lembranças de seus visitantes...

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Este post não se alinha ao objetivo do Blog, mas serve como introdução aos proximos posts que relatam a enotrip a Buenos Aires/Argentina.

Abs p/ Eles e bjs p/ elas,

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