sábado, 25 de dezembro de 2010

Brunello di Montalcino - ¿Será que tem algo errado?

Nos anos 1980/1990 a bebida mais falsificada no mundo era o Whisky, cresci ouvindo histórias e lendas urbanas sobre falsificação e como encontra-las. Como nunca fui amante do whisky as dicas nunca foram usadas... mas o aprendizado ficou: onde tem demanda  aquecida, tem pirataria!

O Brunello di Montalcino talvez seja um caso emblemático de falsificação no mundo do vinho atualmente. Apesar do pretigioso selo DOCG - já explorado aqui no Blog - investigações na safra de 2003 (4 estrelas) apontaram que alguns produtores para aumentar o volume de produção estavam incluindo outras cepas (Merlot, Cabernet e Savignon) para aumentar sua produtividade.


Noticias de que a produção de 600 mil garrafas do produtor 'Castelo Banfi' foram apreendidas e outros 10 produtores estão em quarentena evidenciam o nível da desordem no setor.
Fonte: http://www.suite101.com/content/brunello-di-montalcino-scandal-a53006
Fonte: http://www.winespectator.com/webfeature/show/id/Brunello-Under-Fire_4075


Estou procurando algumas informações como: 'Classificação das Safra' (OK), 'Area Plantada' (Falta) e 'Produção Total' (Falta) e com isso analisar o tema de forma estruturada. Sei que a Área Plantada vem crescendo consideravelmente - apesar do alto custo de produção - mas quero avaliar se existe uma correlação de produtividade com 'Classificação das Safras'. Tenho a intuição que as melhores safras são também as de 'maior produtividade'...


Alguns dados já estão no meu radar...

AVALIAÇÃO QUALITATIVA DAS SAFRAS

FONTE: http://www.consorziobrunellodimontalcino.it/en/the-wines/vintage-quality-evaluation.html

Safra Insuficiente: (*) uma estrela
Safra Discreta (**) duas estrelas
Safra Valiosa (***) tres estrelas
Safra Otima (****) quatro estrelas
Safra Excepcionais (*****) cinco estrelas

Agora estou buscando "Produção' e 'Áreas Plantada' quem quiser indicar fontes agradeço desde já

Abs p/ eles e bjs p/ elas,
LE


MODELO PARA ANALISE

CONFRARIA DO VINHO - LTC

Fui convidado a participar da edição de final de ano da "Confraria do Vinho" e o interessante é que nesta confraria que se reúne as quintas-feiras no LTC a informalidade reina absoluta. Cada um leva o vinho que quer e bebe o vinho que quer...deve até ter gente que leva vinho e não bebe! O importante aqui é compartilhar a presença dos amigos de longa data com uma taça na mão.

OS VINHOS DE 16DEZ2010



Nesta noite foram compartilhados um espumante - para começar a noite - e:
Lovara 2007/Italia (Uva Barbera D'alba)
Don Guerino 2005/Brasil (Uva Tannat)
Cousiño-Macul 2008/Chile (Uva Cabernet Sauvignon)
Toutalga 2006/Portugal (Uva Varietal de Castelao Trincadeira e Touriga Nacional)
Santa Helena 2008/Chile (Uva Carménere)
Club des Sommelier 2009 / Chile (Uva Cabernet Sauvignon)

Estiveram presentes nesta edição Oswaldo Pereira, Eduardo Silveira, Antonio Ramalho, João Fontes, Jorge Simão, Turano, João, Jose Luis, Marcelo e como convidado eu.

Entre os vinhos quero destacar o achado que o Oswaldo Pereira me proporcionou, um excelente Portugues do Alentejo na faixa dos R$30 / US15 o qual já esta na minha lista para realizar um analise detalhada em 2011.

Aos amigos do LTC obrigado pelo convite para participar desta edição

Abraços para todos!!!



Dir p/ Esq: João, Oswaldo Pereira, Eduardo Silveira, Luiz Silveira e Johnny (Fontes)

Dir p/ Esq: Jorge Simão e Antonio Ramalho


Dir p/ Esq: José Luis e Marcelão


Dir p/ Esq: Antonio Ramalho e Turano

sábado, 11 de dezembro de 2010

COMO LER ROTULOS

Mais um post respondendo a solicitações dos leitores - desta vez da Maura Angel, excelente fonte  de recomendações e dicas.

Em verdade eu já tinha me comprometido a falar sobre rótulos aqui no blog mas como este tema é muito complexo e varia de país para país estava deixando para outra oportunidade. Entretanto neste final de semana recebi um artigo sobre o tema o qual me deu confiança para começar a escrever.. Com isso, depois do rank de vinhos agora tenho um segundo post que será construído ao longo do tempo.

Nada é mais revelador sobre um vinho que seu rótulo, pois normalmente costuma conter informações exigidas por lei do país de produção ou comercialização. E com sorte, espontaneamente incluídas pelo produtor. 

Compreender um rótulo leva tempo ou estudo, no pior dos casos: ambos! O primeiro passo é compreender os conceitos de denominações (Denominação de Origem Controlada - DOC na Italia  / Appellation  D'origine Contrôllée - AOC na França / Denominación de Origem - DO na Espanha / Qualitätswen mit Prädikat - QmP na Alemanha) e suas classificações para orientar sua decisão de compra.

Como podem ter percebido alguns leitores, o conceito 'DOC' é tipicamente europeu mas no Chile até onde percebi já esta em curso uma organização das áreas produtoras em "Valles" mas ainda sem restrições de metodologias e tipo de uvas.

Via de regra existem dois tipos de rótulos: (a) Varietais ou (b) Geográficos. Apesar de ambos apresentarem o teor alcoolico (%GL) os Varietais não especificam o tipo de Uva - normalmente você irá encontrar algo como "uvas viniferas europeias", enquanto os Geográficos dão enfase na localidade onde foi produzido.

ROTULO GEOGRAFICO
O fator mais importante é a localidade onde foi produzido e portanto o nome da região, área delimitada, vilarejo ou vinhedo se encontrará em destaque. Vinhos como Brunello di Montalcino ITALIA, Chateauneuf du Pape FRANÇA ou Rioja ESPANHA são bons exemplos. 

Quem conhece sabe que a uva principal (ou exclusiva em alguns casos) dos vinhos acima são Sangiovesse, Grenache* e Tempranillo respectivamente, mas pode procurar que você nao deverá encontrar isso no rótulo, com sorte talvez estará no contra-rótulo.

(*) Chateauneuf du Pape envolve história, política e economia mas no que se refere a uvas, é permitido até 13 diferentes cepas na composição deste vinho.

LEITURA DO ROTULO GEOGRÁFICO
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ROTULO VARIETAL
Ao contrário do Geográfico aqui o mais importante é a cepa - algo que facilita MUITO a vida de consumidores inexperientes pois podem comprar outros rótulos / produtores se orientando pelo tipo de uva que preferem. Importante lembrar que um Chardonnay do Chile, Argentina, Africa do Sul e US (California) serão diferentes apesar da mesma uva, fato que se deve em função dos processos mas principalmente do terroir(*).


(*) Terroir - em algum momento no blog vou tentar esclarecer o tema mas, resumidamente, se refere as propriedades organolepticas que um produto (vinho) apresenta em função da localidade de produção.


 LEITURA DO ROTULO VARIETAL

























LEGISLACAO VINICULA ITALIANA
Alguns leitores já perceberam, tenho uma preferência por vinhos Italianos. Existem apenas 4 categorias, mas nao se iluda porque nao é fácil. Hierarquicamente são:
DOCG - Denominazione di Origine Controllata e Garantita
DOC    - Denominazione di Origine Controllata
IGT      - Indicazione Geografica Tipica
VdT     - Vino de Tavola


Apesar dos Romanos haverem desenvolvidos leis e códigos para orientar a conviência entre os cidadãos e agentes economicos, as leis na Itália a muito tempo já não são muito rigorosas ... resultado: por motivos políticos algumas regiões DOC foram promovidas a DOCG.

Outra coisa, neste mercado o produtor é quem tem a autonomia final e definir a categoria que deseja se enquadrar, então muitas vezes preferem evitar o estatuto DOCG ou DOC - seja por não considerarem o estatuto relevante ou seja por não concordarem com as restrições de cepas ou tecnicas previstas nos estatutos em vigor. Resultado, você encontra grandes vinhos italianos categorizados como IGT ou mesmo Vdt e assim evitam a obrigatoriedade ou rigor da legislação DOCG ou DOC. Investigue e verá....


Ainda vou escrever muito mais sobre isso...aguarde!

Abs p/ eles e bjs p/ elas

domingo, 5 de dezembro de 2010

COUSIÑO-MACUL & CAVA NEGRA - BRANCO 2009 (UVA CHARDINNAY)


"Tinto para eles, Branco para elas e Rosé para os porcos" estou certo que em algum momento já comentei esta segmentação - dos franceses - aqui no Blog. Mas isso é porque eles não tem um verão de 40C. Este final de semana tive a oportunidade de avaliar os dois vinhos brancos da foto acima e o mais legal é que são incrivelmente diferentes apesar de serem da mesma uva.

Conversando com o responsável pelo setor de vinhos, ele me explicou que o Argentino (Cava Negra) tem seu processo de fermentação-produção em toneis de aço inox e engarrafado em seguida, enquanto o Chileno (Cousiño-Macul) recebia uma passagem por carvalho antes de seguir para a garrafa.

Resultado: difereça impressionante! Tudo bem que existe uma diferença de R$10 ou US$ 5 a qual acredito  ser em grande parte em razão dos impostos (Argentina está no Mercosul e tem Tratado de Livre Comercio com o Brasil, enquanto o Chile não pertence ao Mercosul e não creio tenha carga diferenciada/reduzida para seus vinhos). Entretando aqui esta um exemplo de que por mais US5 se pode comprar um vinho de outro nível!

Como comprei ambos para cozinhar - e acabei tomando um pouco - não fiz a minha tradicional análise de Olfato-Visual-Paladar para colocar no Rank de Novembro-Dezembro, mas para aqueles que querem ver a notas, seguem:

Cousiño-Macul: 7,0 a 7,5
Cava Negra: 5,0

Abraços p/ eles e bjs p/ elas,

PS - Aviso aos seguidores, se o Fluminense for campeão hoje, esta semana teremos degustações mais que especiais. Incluindo um Chateauneuf du Pape e um Brunello di Montalcino!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

PALO ALTO - TINTO 2009 (VARIETAL CABERNET SAVIGNON - CAMERNERE - SYRAH)

No olfato muito pouco alcoolico e nitidamente a estrutura do camernere e do syrah, muito bom!!! No visual coloracao um rubi bem escuro e opaco enquanto no copo umas poucas pernas. No paladar muito bom!!! A estrutura rígida e complexa do Cabernet Savignon e o aveludado do Camernere e ao final o Syrah.
Para gastronomia recomendo queijos & frios - um parma de javali seria perfeito!!! Ou um queijo chevere com ervas finas de provence ...

Nao vou revisar a nota (7,5) da safra 2007, talvez deva ter uma nota 8,0 em funcao do valor o que definitivamente tenho certeza é que estou diante de uma excelente vinho de guerra para o dia - a - dia com um custo excelente!

Abracos p/ eles e bjs p/ elas
LE




CHATEAUNEUF DU PAPE (LES CLOSIERS) - TINTO 2007 (UVA GRENACHE - PREDOMINANTE)

Hoje recebi um email do meu tio Ricardo - outro grande admirador de vinhos também - com a seguinte recomendação "... poe na tua lista pessoal de vinhos p/ provar: um bom Chateauneuf Du Pape (Les Closiers) 2007 engarrafado e negociado por Antoine Ogier..."

Investiguei e achei na internet por £18.15 ou $28.90, entretanto tenho que comprar no mínimo £100 para entregar no Brasil e o custo do frete nao foi informado. Vou procurar aqui no Brasil ou então apelar p/ uma importação 'familiar'...




Antes do crítico de vinhos Robert M. Packer ter começado a promovê-los nos EUA, os vinhos de Chateauneuf eram considerados rústicos e eram muito pouco consumidos. No entanto, o seu crescente consumo fez com que os preços quadruplicassem no decurso da última década. Resultado em 1995 Parker foi a terceira pessoa a receber o título de cidadao honorário do vilarejo, as outras duas pessoas foram os franceses Frédéric Mistral e Marcel Pagnol.

O blog agora tem seu primeiro desafio de compra!

Abraços p/ eles e bjs p/ elas

terça-feira, 30 de novembro de 2010

FORZATE - TINTO 2006 (Uva Raboso)

Particularmente não conhecia esta uva - RABOSO - que é quase que restrita ao Nordeste da Italia e cercanias de Veneto, mas vamos a analise do vinho. 

Olfato nada frutado e quase nada alcoolico, talvez um pouco de madeira  ou algo de noz moscada, quem sabe especiarias, neste item está mais que aprovado apesar de ser bastante suave. 

No visual apresenta muitas pernas finas - ou seja - bem fluido e leve apesar de que as investigacções indicam que a uva Raboso é marcadamente taninica. Ainda no visual tem coloração suave e aveludada. 

No paladar muito bom e alinhado com as evidencias olfativas e visuais, nada de taninos rebeldes e duros como os espanhois tempranilho.



Estou contente com a troca uma vez que estou avaliando com um custo de US$34 e nao de US44, ao final de Dezembro publico o novo rank do blog e a nota deste vinho- inclusive comparado aos demais. Para gastronomia tenho duas sugestoes (a) um coelho com legumes do Due Cochi Cocine ou (b) confit de canard acompanhado de echalotes ou petit pois e cenoura no Ruela.

Abracos p/ eles e bjs p/ elas,


sábado, 27 de novembro de 2010

AYLÉS - TINTO 2004 (UVA CARIÑENA)

Encontrei este vinho de US$25 - em promoção por US$ 15 - em uma loja especializada de vinhos na sua versão 'outlet'. Claro que tinha que dar problema... como já comentei aqui no Blog, promoção é sempre bom aproveitar mas nunca deixe de provar imediatamente.

No olfato me lembrou 'sardinhas' - ¿sardinhas? - sim, isso mesmo 'sardinhas'!!! Nada de errado com a cor, pernas e brilhos no copo porém no paladar.... que desastre!!!! Muito duro, como outros espanhois tempranillo, mas práticamente intragável. Tentei aproveitar temperando uma porção de medalhões de filé mignon e nada feito...

Vou levar na loja e ver se consigo créditos p/ outra garrafa, do contrário, só perdi os US$15 e agora vou ficar de olhos bem abertos p/ outras garrafas de uva 'cariñena', assim descubro se meu problema é com a uva ou era o vinho mesmo. Espero que os leitores façam o mesmo e me avisem...

==> Acabei de voltar da loja e consegui trocar, e o melhor me deram o credito de US$25 e pediram desculpas. Honestamente não sei se é politica da loja ou meu historico de compras influenciou, espero que seja política!!!!
 ==> Ainda este final de semana: FORZATÉ - TINTO 2006 (UVA RABOSO). 




Abraços p/ eles e bjs p/ elas,

terça-feira, 23 de novembro de 2010

SINOLS - TINTO 2005




Hoje abri um Vinho SINOLS 2005 - para ajudar a terminar o dia. Elaborado com uvas Gramacha (predominantemente) e Cariñena este vinho tem no olfato notas de frutas vermelhas, e algo de figo também, além de uma baixa percepção de alcool no nariz. Recomendo deixar aberto uns 10-12 minutos para o olfato abrir... No mais é um vinho de coloracao 'bordeux' translucida e aveludada e no copo apresenta pouquíssimas pernas, enquanto no paladar é suave e ligeiramente ácido / adstringente, mas suave e fluído na boca.

Para gastronomia acho que um Brie (Presidente) com Mel Truffado (Pasta Italia) é ótima pedida. Quem não tiver acesso a esta opção um coração de aipo com uma ricota de tomate seco é a pedida; outra opção seria um Carpaccio de carne com azeite trufado e pimenta rosa fresca.

Abracos p/ eles e beijos p/ elas

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

PORQUE CONSUMIR VINHO


Sempre fui contra remédios e medicamentos, sou a favor da mínima intervenção possível e entre meus habitos saudáveis esta o vinho. Agora mais que nunca!

Abracos p/ eles e bjs p/ elas

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

VINHOS DE REFLEXÃO

Estou começando a conhecer novas categorias de vinhos... e como profissional de marketing tinha certeza que em algum momento isso aconteceria. Desde que comecei a tomar vinhos sempre ouvi a máxima da segmentação: "Tintos para os homens, Brancos para as Mulheres e Rosé para os Porcos". E particularmente adoto uma variação com "Espumantes para Elas"...


Como o tema sugere, hoje conheci uma nova segmentação: vinho de reflexão. Vinhos que são concebidos para acompanhar absolutamente nada - a não ser pensamentos. As recomendações foram vinhos da uvas Riesling ou talvez um Chadornnay envelhecido de 5 anos. Para quem desejar investir, a sugestão é um Chadornnay Montrachet da Bourgogne.

Vou deixar no meu radar este novo segmento, entretanto alguns dos vinhos que avalio aqui no blog já os faço durante momentos de reflexão, talvez fosse o caso de investigar se os vinhos de reflexao recebem melhores notas...é, quem sabe?

Abraços p/ eles e bjs p/ elas

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

VINHO DE GUARDA

Estou convencido de que primeiro deveria escrever sobre 'rotulos' para depois explorar o tema 'guarda'. Acontece que rótulo é um tema muito complexo e ainda nao estudei suficiente para me ariscar e a recente experiência do Chateauneuf du Pape em familia exige que urgentemente escreva sobre 'guarda'. 

Alguns amigos e familiares - alguns nao leitores deste blog - me comentaram que tem dificuldades em identificar se um vinho tem potencial de guarda. Outros comentam que algumas vezes se arrependem por abrir um vinho antes da hora. E claro, meu pai tem dificuldade em decidir qual o melhor momento de abrir determinado vinho...apesar de sua excelente experiencia no assunto.

Como solucionar estes dilemas? Simples, vinho de guarda é sinonimo de qualidade. Se nao resistir a 5 - 10 anos nao era vinho de guarda. Outra conviccao que tenho é de que unicamente atraves da leitura do rotulo é dificil identificar um vinho para guarda, principalmente se você não conhece nada do vinho. Entao as opcoes sao (a) perguntar ao sommelier da loja, ou (b) ariscar.

Minha dica, caso nao confie no sommelier da loja, é comprar várias garrafas e abrir com 3, 5, 10 anos. Assim se o vinho estiver bom aos 3 anos mas apresentar pouca evolucao aos 5 anos, entao sera hora de abrir todas as garrafas. Ou seja: festa!!! Abra sem pena e aproveite a companhia dos amigos porque se esperar 10 anos nas minhas experiencias, tudo indica que mais um tender de natal estara garantido!!!

Abs p/ eles e bjs p/ elas

domingo, 7 de novembro de 2010

ROLHAS: CORTIÇA, PLASTICO OU SCREWCAPS?

Definitivamente cortiça! Por vários motivos, por sentir o cheiro de vinho na rolha, por indicar como a rolha se comportou defendendo o vinho do ar e claro o charme.

As rolhas de cortiça e plastico rivalizam no custo que agregam ao produto final, por isso os vinhos mais simples - principalmente argentinos e chilenos - a cada dia que passa estão optando por colocar as rolhas de plastico. Para vinhos mais novos que não merecem, e portanto não vão, sofrer envelhecimento a novidade é adotar o screwcaps.


Esse final de semana uma vez mais tive a oportunidade de abrir um Chateauneuf du Pape em familia (fotos abaixo), e novamente o tender de natal esta garantido! Abaixo estão fotos do evento de abertura da garrafa  mas principalmente da rolha que apos algumas decadas não resistiu e deixou passar o ar. O vinho não estava intragável, mas muito opaco, sem nenhum aroma e sobretudo com sabor acentuadamente acido. Uma pena...



Por fim, a tragica hora da verdade...





Abracos p/ eles e bjs p/ elas

sábado, 30 de outubro de 2010

Vinho & Junk Food

Recebi da colaboradora Andrea Nery (anery@) uma interessante materia sobre harmonização de vinhos com junk food, na essência a materia se refere a democratizar o vinho - algo que gosto muito! Vinho para todos!!

Apesar de um país tropical, e muito abençoado por Deus, sou do principio que o vinho deveria fazer parte do dia-a-dia como fonte de saúde, e para isso, o principal é escolher um vinho do seu gosto e que seu bolso permita. (lembra o objetivo do blog: evitar péssimos negócios, replicar bons negócios...)

Voltando a materia, acho que não custa nada tentar. Algumas sugestões de junk food são fáceis como os 'haburgueres' grelhados outras como 'pipocas' não vejo como... mas, viva a democracia. Quem procura boas dicas de hamburgueres em SP para combinar com vinhos, recomendo uma visita no blog do Caue Sanchez.

Abraços p/ eles e bjs p/ elas

domingo, 24 de outubro de 2010

PREÇO vs. PERFORMANCE

Estou fechando as avaliações de SET-OUT, porém enquanto ela não fica definitiva para postar vamos falar de um tema importante para compreender as notas: Preço vs. Performance. 


PRECO
Para compreender o conceito de preço, vou responder a uma pergunta do Fersouza@: Taxa de Cambio, Desconto e Oportunidades. 

Na semana que passou o mundo começa a questionar se não estamos vivendo uma 'guerra cambial' velada, qualquer que seja a resposta o fato é que o Brasil teve uma variação cambial significativa nos últimos dias e o resultado é que com o USD mais alto alguns vinhos saem da entry level de US$20 e outros entram em nossa exit level de US$40 enquanto os reajustes de preços não são refletidos nas lojas. Da mesma forma, temos os descontos que fazem os vinhos de US$50, US$60 ou mais entrar em nossa faixa de avaliação. E por fim viagens também nos proporcionam a oportunidade de comprar vinhos que nos Brasil estariam fora da faixa de avaliação ou mesmo as promoções pague 3 leve 2 reduzem o valor unitário para dentro da nossa faixa de avaliação.

Em resumo, para este blog o que importa é quanto você pagou no vinho. Se foi comprado dentro da faixa então é alvo de avaliação. 



PERFORMANCE
Estabelecida a referencia de preço segue a avaliação do vinho, e claro quanto mais caro maior será a expectativa. Neste assunto entra  de tudo... desde o senso crítico no produto (rótulo, safra, rolha, bouquet, cor e sabor), a experiência de consumo, a sensação de ter feito aquele bom 'negócio' e até capacidade em repetir a compra ou experiência de consumo.



PREÇO vs. PERFORMANCE
Quando os dois fatores são postos juntos a nota de cada vinho se forma. Estou desenvolvendo uma base de dados com as minhas avaliações e, curioso com alguns resultados realizei  uma regressão múltipla (What  a hell?). O resultado é que estou cientificamente descobrindo que  - no momento -  os vinhos europeus 12,5%, Tempranilho ou Aragonês tem maior probabilidade de ganhar notas altas nas minhas avaliações. Seria uma tendência? Um complot contra os vinhos sul-americanos, autralianos e sul-africanos? 

O fato é que dinheiro não aceita desaforo, pagar US$38 em uma garrafa e descobrir que é pior que a outra de US$21 que você tomou na semana passada levam a aquela sensação de "péssimo negócio" que busco orientar meus caros leitores.

Abraços p/ eles e bjs p/ elas,













sexta-feira, 15 de outubro de 2010

POR QUE GUARDAR

Todo mundo já ouviu dizer que 'vinho bom é vinho antigo'... o que vale esclarecer ser verdade apenas em parte, pois dependendo da forma com que você armazene o vinho, ele pode evoluir com o passar dos anos ou tornar-se intragável.  

Quem opta por deixar um vinho evoluir também tem que saber a hora de tomar coragem e abri-lo; ou vai correr o risco de ver seu estimado Chateauneuf du pape 1977 virar um excelente condimento (vinagre) para o tender de Natal! (Eu presenciei tal fato, acho que no Natal de 1998). Por outro lado vamos deixar claro que não existe mágica, comprar um vinho de $9,90 na mercearia da esquina e achar que uma década  depois vai deixa-lo com cara de $999,90 nem  por milagre!

Mas então por que guardamos? Guardamos para permitir que centenas de reações químicas dentro da garrafa ocorram, onde a mais conhecida é a polimerização dos taninos (o que deixa o vinho menos 'agressivo'). Ou seja, com o tempo as moléculas de taninos vão se unindo e criando um depósito no fundo e assim deixando-o mais macio ao paladar. Também durante este envelhecimento acontecem reações que dão origem aos aromas complexos.

O vinho na garrafa está em completa ausência de oxigênio e as "reações de redução" estão em pleno processo, entretanto quando aberto o contacto com o oxigênio favorece o desenvolvimento dos aromas. Mas se permanecer aberto por um longo período irá provocar reações de "oxidação", que degradam o vinho.

Como o leitor percebeu, a chave esta no oxigênio. Desta forma manter a garrafa deitada é fundamental para garantir que a rolha (cortiça) permaneça encharcada, esta dilatação da rolha irá evitar que entre oxigênio na garrafa e preservar o vinho. Também é importante manter em temperaturas entre 12ºC e 18ºC pois oscilações de temperatura levam a variação de volume que também permitem a entrada de ar ou a evaporação de álcool.

Por fim, guarda-se aquele vinho que se acredite alguns anos de evolução vão lhe fazer bem. Por isso primeiro prova-se um vinho e, acreditando que um par de anos vão deixa-lo melhor para o seu paladar, guarda-se. Se você comprar um rótulo novo e simplesmente guardar não saberá o caminho que seu vinho está tomando... e claro, se a fonte não for confiável provavelmente o caminho já deve ser o do tender e outro péssimo negócio para o seu histórico.

Encerro com uma série de fotos da Toscana (Montalcino) durante um "Enotour" em 2008

Abraços p/ eles e bjs p/ elas
 

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

RANK SET OUT

Com o final do bimestre se aproximando a expectativa de alguns leitores pela comunicação do rank dos vinhos aumenta...neste primeiro release, a idéia é avaliar 15 rótulos - tanto individualmente quanto comparativamente.

Abaixo já vou disponibilizando a lista dos vinhos na grade de Set - Out que até o presente momento estou copilando. Ao final desde post já aproveito para deixar uma dica de rótulo a se evitar!

Abraços p/ eles e beijos p/ elas,

RANK


Rotulo Safra Pais  USD  Nota.
#01 Clos de Torribas 2004 $19,9 Espanha 7,5
#02 Cornellana 2007 $23,8 Chile 8,0
#03 Couronne D´or N/A $16,7 France 3,5
#04 Château La Vignolle 2006 $20,8 France 6,5
#05 Periquita 2006 $23,5 Portugal 6,5
#06 Palo Alto 2007 $22,5 Chile 7,5
#07 Casa Silva 2009 $22,5 Chile 8,0
#08 Ventisquero 2008 $25,0 Chile 6,5
#09 Tricyclo 2006 $25,0 Chile 7,0
#10 Quinta do Alqueve 2007 $23,8 Portugal 8,5
#11 Vigneti Parri 2007 $35,7 Italia 7,5
#12 Monte Velho 2004 $20,2 Portugal 7,0
#13 Colle Secci 2002 $17,9 Italia 7,0
#14 Pinot 2008 $17,9 Chile 6,5
#15 D.V Catena 2005 $35,7 Argentina 8,0
 Média  7,0

EVITE
Quando encontrar o rótulo 'Couronne D´or' o leitor do Blog terá as opções de; Ou evitar um péssimo négocio ou comprovar que minhas recomendações de péssimo negócio funcionam.

Para aqueles que optarem pelo teste - até porque o custo é baixo (apenas US$ 16,7) - minha avaliação é de se trata de um vinho sem expressão. Se você comprou com o objetivo de servir em um jantar, então você tem problemas! A receita ideal terá que ser bastante criativa e exótica para desviar a atenção do desempenho do vinho, minha sugestão é algo intenso como Galinha-d'angola com Piccalilli ou Codorna com batatas salteadas no alecrim fresco. Enfim, invente uma distração ou tenha certeza que o vinho será o assunto após o evento.

RANK
Em minha tabela comparativa o 'Casa Silva' foi o destaque comparativo deste bimestre, apesar da nota (8,0) inferior que o 'Quinta do Alqueve' recebeu (8,5), acontece que quando comparo as duas opcoes eu as julgo equivalentes entretando existe uma diferença de US2 que no momento de escolher racionalmente o leitor deve optar pelo 'Casa Silva'. A não ser que tenha preferencia pelos vinhos do velho mundo, ou pre-conceito com os vinhos sul americanos, blá blá blá...

'Cornellana', 'Palo Alto' e 'Vigneti Parri' também são excelentes escolhas para o leitor e como referencia eu arriscaria que para cada R$5 ou US2,5 a nota destes vinhos deveriam variar em 0,5. Então meu caro leitor, se encontrar o 'Palo Alto' em promoção a R$29,9 no supermercado - a nota revista ficaria em 8,5 - e voce estaria diante de uma 'oportunidade'! Aproveite!


Abracos p/ eles e bjs p/ elas

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ABRIDORES / SACA ROLHAS





Começaram a chegar as recomendações de vinhos para avaliar, temas para entrar na discussão de pauta do blog e claro: dúvidas relacionadas ao mundo dos vinhos. Tinha expectativa de abordar este tema junto com o tópico 'Rolhas: Cortiça, Plastico ou Screwcaps' mas resolvi não esperar e já postar...
"Saca rolhas: qual comprar?" Existe uma infinidade de opções disponíveis e para escolher siga a recomendação de Mao Tse-tung: "não importa a cor do gato, tem que caçar ratos!" Ou seja, se tirar o raio da rolha da garrafa, então serve! 

Já quebrei uns três ou quatro, então não escolha muito porque provavelmente não será seu último. O fato é que alguns são mais elegantes que outros...mas é só isso! Abaixo estão alguns modelos, hoje eu adoto o último por vários motivos: foi desenvolvido por um engenheiro da NASA, realmente não faço força nenhuma,  funciona sempre, porém sobretudo porque ganhei de presente do meu pai!





Por fim, quem não encontrar um saca rolhas e estiver em situação de desespero segue um solução que parece resolver, nunca tentei. Mas o difícil mesmo vai ser tomar o ´Wineshake´ depois...






Abraços p/ eles e bjs p/ elas

domingo, 10 de outubro de 2010

CREDENCIAIS

Talvez antes de tornar-se um seguidor deste Blog uma parte dos interessados se perguntará, o que me credencia a escrever sobre o assunto? Já li vários livros e artigos, assisti a filmes e documentários, participei de degustações (pagas e gratuitas) mas sobretudo já tomei muito vinho!

Abaixo está minha principal credencial... esta taça inclui de tudo um pouco desde, Brunelo de Montalcino, Barolo, Amarone, Bordeaux, passando por Champanhe, Rioja, Ribeira Del Doro, Napa Valey  e claro muitos Maipo Valley e Mendonza. Tenho outros repositórios e a ultima vez que fiz um censo eram em torno de 450 (Quatrocentos e Cinqüenta) rolhas, então por quantidade acho que estou bem credenciado. Agora meu desafio é encontrar Qualidade em uma faixa de valor de US$20 a US$40.


Abraços p/ eles e bjs p/ elas,

A MEDIÇÃO E A LEI DOS ERROS

Considero o capítulo 07 “A Medição e a Lei dos Erros” do livro “O Andar do Bêbado”  como o melhor texto sobre nota em vinhos. Eu particularmente recomendo todos os capítulos do livro, porém para este Blog o capitulo 07 é muito útil.

O fato é que toda medição é passível de erro, sobretudo quando um ser humano é quem define a medição (ou nota). O sabor que sentimos do vinho surge dos efeitos de uma mistura de 600 a 800 compostos orgânicos voláteis sobre a língua e o nariz. O que se torna um problema, pois já foi demonstrado que até profissionais bem treinados raramente conseguem identificar com segurança mais que três ou quatro componentes numa mistura. Assim minha determinação de ficar na faixa de US$30 se reforça, pois ainda não vejo motivo para pagar US$200 para sentir o sabor de damascos marroquinos no meu vinho.

Ou seja, as notas deste Blog deverão conter alguns erros, desvios, viés, enfim toda sorte de falha na medição, porém o mais importante é definir sua posição frente à referência do Blog. Traduzindo, se minhas notas são sempre mais baixas que as notas que você daria – digamos em média 2,0 pontos – então ao se deparar com uma nota 6,0 você deveria aplicar seu fator médio de correção e a sua nota seria 8,0 antes mesmo de abrir a garrafa. Com isso, se você apenas gostar dos vinhos do Blog com nota superior a 8,5 então estarei cumprindo meu objetivo ao evitar que você faça um péssimo negócio.

Por fim as notas deste Blog serão de 0,0 a 10,0 fracionados em 0,5 o que nos proporciona uma escala de vinte pontos para avaliarmos cada experiência. Os vinhos classificados abaixo de 5,0 não receberão a oportunidade de uma nova experiência de consumo enquanto os acima de 5,5 poderão sofrer uma nova experiência a fim de confirmar sua nota.

Abraços p/ eles e bjs p/ elas,

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PORQUE US$30

Estabeleci $30 como um referencial, mas poderia perfeitamente ser $25 ou $35. Acima dos $35, a escolha  já começa a impactar meu orçamento ou diminuir minha frequencia de consumo, iremos retornar ao tema Orçamento no momento apropriado.

Outro motivo que me levou a escolher o valor de $30 se deve ao fato de que Robert Paker haver afirmado que vinhos a partir de US$50 irão requerer um grande desenvolvimento técnico para poder apreciar a complexidade - e também segundo ele, poucas pessoas no mundo seriam capazes. Ou seja, algo como comprar um carro com potencia para atingir velocidade final de 300km/h e não passar da segunda marcha e seus 50km/h. Então, aliado ao fato que meu Orçamento não permitir desperdícios, ficamos com $30!

Continuando com o ´Porque US30´ alguns questionarão porque escolhi US$ (Dolar) e nao R$ (Real)? A industria nacional tem uma produção restrita de produtos de qualidade, sendo assim a maioria dos produtos alvos deste Blog serão importados ficando automáticamente expostos a variação cambial do US$. (Como o € Euro varia frente ao R$, acompanhando os movimentos do US$, veremos que não importa muito ser US$ ou € Euro).

Por fim vamos estabelecer que este este Blog investiga opções entre $20 a $40.

Abraços p/ eles e beijos p/ elas,






quinta-feira, 7 de outubro de 2010

DESAFIO AO BLOGGER - BEST US$30 WINE

Quem nunca foi comprar uma garrafa de vinho e ao se deparar com a amplitude de opções disponívies simplesmente ficou paralizado?! Dúvidas simples como Tinto ou Branco, Nacional ou Importado normalmente são questões iniciais que evoluem por uma infinidade de escolhas a serem feitas, entretanto todos temos que passar por uma mesma questão: qual a faixa de preço?!?

Quem gosta de vinhos sabe que invariavelmente passaremos pela experiência de fazer um péssimo negógio ou se deparar com uma excelente escolha. Mas como continuar a experimentar novos rótulos sem sofrer com os custos das péssimas escolhas? Sem a pretensão de converter este Blog em uma biblia do assunto estou lançando este canal com o objetivo de encontrar e catalogar os melhores vinhos na faixa de US$30.

Nos próximos posts estarei detalhando vários temas importantes como ´Porque US$30?´ ou ´Quais são os critérios de avaliação?´, porém neste primeiro post já estabeleço que as fontes são amigos, outros apreciadores e claro indicações! Portanto podem mandar suas dicas enquanto estou me preparando.

Abraços p/ eles e beijos p/ elas!

LE
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